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Adorno e a Indústria Cultural - Daniel Ribeiro da Silva

Resumo:
O presente texto pretende ser mais uma explanação de algumas reflexões do filósofo T. W. Adorno (1903-1969) acerca da Indústria Cultural vigente no século XX.
Palavras-chave: Adorno, indústria cultural, ideologia, razão técnica, arte.




A Indústria Cultural impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente. [2] Com as palavras do próprio Adorno, podemos compreender o porque das suas reflexões acerca desse tema.
Theodor Wiesengrund-Adorno, em parceria com outros filósofos contemporâneos, estão inseridos num trabalho muito árduo: pensar filosoficamente a realidade vigente. A realidade em que vivia estava sofrendo várias transformações, principalmente, na dimensão econômica. O Comércio tinha se fortalecido após as revoluções industriais, ocorridas na Europa e, com isso, o Capitalismo havia se fortalecido definitivamente, principalmente, com as novas descobertas cientificas e, conseqüentemente, com o avanço tecnológico. O homem havia perdido a sua autonomia. Em conseqüência disso, a humanidade estava cada vez mais se tornando desumanizada. Em outras palavras, poderíamos dizer que o nosso caro filósofo contemplava uma geração de homens doentes, talvez gravemente. O domínio da razão humana, que no Iluminismo era como uma doutrina, passou a dar lugar para o domínio da razão técnica.  Os valores humanos haviam sido deixados de lado em troca do interesse econômico. O que passou a reger a sociedade foi a lei do mercado, e com isso, quem conseguisse acompanhar esse ritmo e essa ideologia de vida, talvez, conseguiria sobreviver; aquele que não conseguisse acompanhar esse ritmo e essa ideologia de vida ficava a mercê dos dias e do tempo, isto é, seria jogado à margem da sociedade. Nessa corrida pelo ter, nasce o individualismo, que, segundo o nosso filósofo, é o fruto de toda essa Indústria Cultural.
Segundo Adorno, na Indústria Cultural, tudo se torna negócioEnquanto negócios, seus fins comerciais são realizados por meio de sistemática e programada exploração de bens considerados culturais. [3] Um exemplo disso, dirá ele, é o cinema. O que antes era um mecanismo de lazer, ou seja, uma arte, agora se tornou um meio eficaz de manipulação. Portanto, podemos dizer que a Indústria Cultural traz consigo todos os elementos característicos do mundo industrial moderno e nele exerce um papel especifico, qual seja, o de portadora da ideologia dominante, a qual outorga sentido a todo o sistema.
É importante salientar que, para Adorno, o homem, nessa Indústria Cultural, não passa de mero instrumento de trabalho e de consumo, ou seja, objeto. O homem é tão bem manipulado e ideologizado que até mesmo o seu lazer se torna uma extensão do trabalho. Portanto, o homem ganha um coração-máquina. Tudo que ele fará, fará segundo o seu coração-máquina, isto é, segundo a ideologia dominante. A Indústria Cultura, que tem com guia a racionalidade técnica esclarecida, prepara as mentes para um esquematismo que é oferecido pela indústria da cultura – que aparece para os seus usuários como um “conselho de quem entende”. O consumidor não precisa se dar ao trabalho de pensar, é só escolher. É a lógica do clichê. Esquemas prontos que podem ser empregados indiscriminadamente só tendo como única condição a aplicação ao fim a que se destinam. Nada escapa a voracidade da Indústria Cultural. Toda vida torna-se replicante. Dizem os autores:
Ultrapassando de longe o teatro de ilusões, o filme não deixa mais à fantasia e ao pensamento dos espectadores nenhuma dimensão na qual estes possam, sem perder o fio, passear e divagar no quadro da obra fílmica permanecendo, no entanto, livres do controle de seus dados exatos, e é assim precisamente que o filme adestra o espectador entregue a ele para se identificar imediatamente com a realidade. Atualmente, a atrofia da imaginação e da espontaneidade do consumidor cultural não precisa ser reduzida a mecanismos psicológicos. Os próprios produtos (...) paralisam essas capacidade em virtude de sua própria constituição objetiva (ADORNO & HORKHEIMER, 1997:119).
Fica claro portanto a grande intenção da Indústria Cultural: obscurecer a percepção de todas as pessoas, principalmente, daqueles que são formadores de opinião. Ela é a própria ideologia.  Os valores passam a ser regidos por ela. Até mesmo a felicidade do individuo é influenciada e condicionada por essa cultura. Na Dialética do Esclarecimento, Adorno e Horkheimer exemplificam este fato através do episódio das Sereias da epopéia homérica. Ulisses preocupado com o encantamento produzido pelo canto das sereias tampa com cera os ouvidos da tripulação de sua nau. Ao mesmo tempo, o comandante Ulisses, ordena que o amarrem ao mastro para que, mesmo ouvindo o cântico sedutor, possa enfrentá-lo sem sucumbir à tentação das sereias. Assim, a respeito de Ulisses, dizem os autores:

O escutado não tem conseqüências para ele que pode apenas acenar com a cabeça para que o soltem, porém tarde demais: os companheiros, que não podem escutar, sabem apenas do perigo do canto, não da sua beleza, e deixam-no atado ao mastro para salvar a ele e a si próprios. Eles reproduzem a vida do opressor ao mesmo tempo que a sua própria vida e ele não pode mais fugir a seu papel social. Os vínculos pelos quais ele é irrevogavelmente acorrentado à práxis ao mesmo tempo guardam as sereias à distância da práxis: sua tentação é neutralizada em puro objeto de contemplação, em arte. O acorrentado assiste a um concerto escutando imóvel, como fará o público de um concerto, e seu grito apaixonado pela liberação perde-se num aplauso. Assim o prazer artístico e o trabalho manual se separam na despedida do antemundo. A epopéia já contém a teoria correta. Os bens culturais estão em exata correlação com o trabalho comandado e os dois se fundamentam na inelutável coação à dominação social sobre a natureza (ADORNO & HORKHEIMER, 1997:45).
É importante frisar que a grande força da Indústria Cultural se verifica em proporcionar ao homem necessidades. Mas, não aquelas necessidades básicas para se viver dignamente (casa, comida, lazer, educação, e assim por diante) e, sim, as necessidades do sistema vigente (consumir incessantemente). Com isso, o consumidor viverá sempre insatisfeito, querendo, constantemente, consumir e o campo de consumo se torna cada vez maior. Tal dominação, como diz Max Jimeenez, comentador de Adorno, tem sua mola motora no desejo de posse constantemente renovado pelo progresso técnico e científico, e sabiamente controlado pela Indústria Cultural. Nesse sentido, o universo social, além de configurar-se como um universo de “coisas” constituiria um espaço hermeticamente fechado. E, assim, todas as tentativas de se livrar desse engodo estão condenadas ao fracasso. Mas, a visão “pessimista” da realidade é passada pela ideologia dominando, e não por Adorno. Para ele, existe uma saída, e esta, encontra-se na própria cultura do homem: a limitação do sistema e a estética.
Na Teoria Estética, obra que Adorno tentará explanar seus pensamentos sobre a salvação do homem, dirá ele que não adiante combater o mal com o próprio mal. Exemplo disso, ocorreram no nazismo e em outras guerras. Segundo ele, a antítese mais viável da sociedade selvagem é a arte. A arte, para ele, é que liberta o homem das amarras dos sistemas e o coloca com um ser autônomo, e, portanto, um ser humano. Enquanto para a Indústria Cultural o homem é mero objeto de trabalho e consumo, na arte é um ser livre para pensar, sentir e agir. A arte é como se fosse algo perfeito diante da realidade imperfeita. Além disso, para Adorno, a Indústria Cultural não pode ser pensada de maneira absoluta: ela possui uma origem histórica e, portanto,  pode desaparecer.
Por fim, podemos dizer que Adorno foi um filósofo que conseguiu interpretar o mundo em que viveu, sem cair num pessimismo. Ele pôde vivenciar e apreender as amarras da ideologia vigente, encontrando dentro dela o próprio antídoto: a arte e a limitação da própria Indústria Cultural. Portanto, os remédios contra as imperfeições humanas estão inseridos na própria história da humanidade. É preciso que esses remédios cheguem a consciência de todos (a filosofia tem essa finalidade), pois, só assim, é que conseguiremos um mundo humano e sadio.
Referências bibliográficas:
ADORNO, Theodor W. Textos Escolhidos. Trad. Luiz João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1999. (Os Pensadores)
ADORNO, Theodor W. Mínima Moralia: Reflexões a partir da vida danificada. Trad. Luiz Eduardo Bisca. São Paulo: Ática, 1992.
HORKHEIMER, M., e ADORNO, T. W., Dialética do Esclarecimento: Fragmentos filosóficos. Trad. Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
HABERMAS, J. O Discurso filosófico da modernidade. Trad. Ana Maria Bernardo e outros. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1990. 
BARCELLOS, Carine. A questão da moral na cultura contemporânea. In: Comunicações, 4, Piracicaba – UNIMEP, p. 70-90, nov. 2000.


* Formado em Filosofia pelo Seminário Arquidiocesano de Maringá (PR)
[1] Adorno tem um capítulo específico sobre a Indústria Cultural contido na Dialética do Esclarecimento onde, em parceria com Horkheimer, ele trata do assunto.
[2] Cf. T. W. Adorno, Os Pensadores. Textos escolhidos, “Conceito de Iluminismo”. Nova Cultural, 1999.
[3] Cf. idem.



Fonte : Adorno e a Indústria Cultural- Daniel Ribeiro da Silva

Enem - inglês e espanhol: veja 5 dicas para se sair bem nas provas

De acordo com a professora de inglês Maria Cristina Armaganijan, do Objetivo, a prova de língua inglesa do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) "baseia-se totalmente em interpretação de textos". O mesmo vale para as questões aplicadas na língua de Cervantes.
Veja cinco considerações extraídas das últimas três provas de idiomas estrangeiros.

1. Incidência de textos jornalísticos

Tem sido bastante frequente o uso de notícias (publicadas em sites, revistas ou jornais) para solicitar a interpretação de texto aos alunos. No ano passado, por exemplo, a prova reproduziu uma matéria do jornal New York Times" sobre a própria transformação recente do inglês, adaptado às necessidades de gente do mundo inteiro e que, justamente por ser a nova língua franca do planeta (o que o faz emprestar elementos de vários outros idiomas), foi apelidada de "globish" (derivado de "global English").

2. Uso de poemas

Também na prova de 2014, o Enem lançou mão do uso de poemas, tanto na prova de inglês quanto na de espanhol. No primeiro caso, pediu para os alunos identificarem o que o seu autor, o poeta norte-americano Robert Frost quis dizer nos versos finais de um poema.

3. Análise de propagandas 

As provas de idiomas do Enem podem pedir ainda, como ocorre no exame de língua portuguesa, a interpretação de propagandas institucionais. O que as mensagens textual e imagética querem comunicar? Cabe aos candidatos analisá-las. Na edição de 2014, a prova de espanhol trouxe um anúncio sobre os benefícios da amamentação materna.

4. Interpretação de tirinhas

A professora Armaganijan, do Objetivo, lembra ainda que até mesmo charges de jornal e revista podem ser usadas como meio de medir a capacidade interpretativa dos alunos nas provas de idiomas estrangeiros do Enem. Em 2013, o exame de espanhol trouxe um quadrinho cômico e pediu para os estudantes avaliarem as falas dos dois personagens.

5. Variedade de temas

Como as provas de idiomas estrangeiros do Enem são baseadas em fontes bastante diversas e fundamentam-se muito mais na interpretação dos textos do que em regras gramaticais inerentes a cada língua, não há uma constância de temas de um ano para o outro.
"Por se tratar de prova extremamente abrangente, lidando com diferentes temas e estruturas, não há como identificar o que mais cai no exame", diz Armaganijan. Por isso, a recomendação é ler o maior número de textos possível nessas línguas e não se restringir a um único tipo de linguagem.

Fonte : Educação - UOL

Enem - geografia: veja os 5 temas mais cobrados nas últimas provas

Os temas de geografia que costumam aparecer nas provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) são os que constam do conteúdo programático do próprio ensino médio. Contudo, nos testes, eles geralmente vêm apresentados de forma interdisciplinar e integrados a contextos do cotidiano.
É essa a avaliação da professora de geografia Clarisse Paiva, do Poliedro, que analisou as últimas três edições do Enem a pedido do UOL. "A prova analisa a capacidade de interpretação e de raciocínio do aluno", diz a docente.
Acompanhe cinco dos tópicos de geografia que mais exigiram atenção dos estudantes entre os anos de 2012 e 2014.

1. Urbanização

Trata-se de um assunto recorrente entre as questões do Enem. Além do processo de crescimento e funcionamento das cidades, ligados a desigualdades como a falta de acesso à moradia (tema de uma questão em 2014), os enunciados podem tocar em outros impactos provocados pela ação humana, como o desmatamento, e suas consequências sociais, ambientais e econômicas.

2. Processo de industrialização do Brasil

De acordo com Paiva, o próprio desenvolvimento da economia urbana e industrial do Brasil, integrada ao sistema mundial, figurou em certas perguntas dos últimos anos do Enem.
Para se ter uma ideia, no ano passado, uma charge que mostrava um engraxate cuidando dos sapatos de um robô pedia para os estudantes relacionarem tecnologia e organização do trabalho.

3. Impactos da produção agrícola

O Enem também vem cobrando, em seus testes mais recentes, noções do impacto provocado pela expansão do setor agrícola, com a transformação do meio ambiente. 
Em sua edição de 2013, a prova cobrou dos candidatos a análise de uma foto em que uma técnica de cultivo havia sido estabelecida com o intuito de evitar a erosão do solo. Questões sociais vinculadas ao crescimento do setor igualmente podem surgir nas provas. Há dois anos, o exame trazia o tema dos conflitos agrários em terras indígenas.

4. Desenvolvimento do setor energético

A professora destaca ainda como uma das questões quentes do Enem, nas últimas provas de geografia, os conceitos de diversificação das matrizes de geração de energia elétrica.
Na prova de 2013, o exame tratou, por exemplo, do Complexo Eólico Alto Sertão, na Bahia, e pediu para os estudantes interpretarem os objetivos por trás de sua implantação (expansão das fontes renováveis).

5. Globalização

Os alunos devem ficar atentos a temas de atualidades que envolvem a interdependência das economias nacionais. A chamada globalização tem alterado significativamente certos fluxos de demanda de matérias-primas e bens consumo e serviços.
Uma questão com um mapa e um texto, na última edição da prova, pedia para os candidatos analisarem ambos à luz do processo de territorialização: o primeiro tratava da enorme população concentrada no sudoeste asiático e o outro, da ampliação do uso da mão de obra indiana (mais abundante e, portanto, barata do que a de outros países) nas empresas de telemarketing mundial.

Fonte : Educação - UOL

Enem - química: veja os 5 temas mais cobrados nas últimas provas

Integrante do questionário sobre "Ciências da natureza e suas tecnologias" do Enem, a prova de química costuma exigir dos alunos um conhecimento bastante diversificado. 
"Em química, é muito importante que o candidato esteja preparado para relacionar os conceitos com situações cotidianas, nas questões contextualizadas", explica o professor Thiago Cardoso da Costa, coordenador pedagógico da Turma ITA do Poliedro. 
Confira abaixo cinco eixos temáticos frequentes nas últimas três edições do Enem.

1. Ligações químicas

Átomos que se unem para criar moléculas e a formação básica dos compostos constituem o centro desse tipo de estudo. 
Segundo um levantamento feito pelo professor Antonio Mario Salles, coordenador de química do Objetivo, o Enem cobrou, em suas provas anteriores, seis questões sobre ligações químicas.
A ênfase, de acordo com ele, foi no princípio de solubilidade, na polaridade de moléculas, na geometria molecular, nas forças intermoleculares ("notadamenteligação de hidrogênio") e na aplicação do princípio de solubilidade aos sabões e detergentes.

2. Cálculo estequiométrico e concentração de soluções

O professor Salles, do Objetivo, explica que houve cinco perguntas referentes acálculo estequiométrico (combinação e reação de agentes), molmassa molar equantidade de matéria nas últimas edições do Enem.

3. Química ambiental

Ao todo, quatro questões sobre química ambiental surgiram nas três provas passadas, conforme o levantamento de questões feitos pelo Objetivo. O professor Salles diz que elas estiveram relacionadas com camada de ozônio e CFC (clorofluorcarboneto), lixo (e a política dos três R: reduzir, reutilizar e reciclar), química verde e poluição atmosférica e fermentação de celulose (o que leva à formação de metano).
Por exemplo, na prova de 2014, os estudantes tiveram que responder a umapergunta sobre uma forma de obtenção energética a partir de resíduos, ainda subutilizada no Brasil. A questão pedia para o candidato informar qual gás (metano) se forma a partir da decomposição da matéria orgânica do lixo nos aterros.

4. Eletroquímica

Também foram registradas quatro perguntas, nas últimas provas do Enem, vinculadas à eletroquímica, ramo que explora a transformação de energia química em elétrica (por meio da oxirredução). Baterias e pilhas encontram-se no campo de pesquisa dessa área do conhecimento.
Além da oxirredução, o professor Salles, do Objetivo, informa que houve questões ligadas ao potencial de redução e à eletrólise. O professor Thiago Cardoso da Costa, do Poliedro, recomenda o estudo dos conceitos fundamentais tanto daeletroquímica quanto da termoquímica.

5. Compostos inorgânicos

Com três questões nos três anos anteriores, a temática relacionada a compostos inorgânicos enfatizou reação de neutralização e dupla-troca. A avaliação é do professor Salles, do Objetivo.
Os compostos inorgânicos tratam de ácidos, bases, sais e óxidos, ainda de acordo com ele. Por sua vez, o professor Costa, do Poliedro, recomenda também o estudo sobre funções orgânicasisomeria e processos de separação de misturas.

Fonte : Educação - UOL

Enem - biologia: veja os 5 temas mais cobrados nas últimas provas

Ecologia e genética foram os aspectos mais presentes nas últimas três provas de biologia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O detalhamento das questões foi realizado a pedido do UOL pelos professores Luís Carlos Bellinello e Clézio Morandini, coordenadores de biologia do Objetivo.
Abaixo, estão relacionados, além desses assuntos, outros três que também tiveram elevada incidência nas edições de 2012 a 2014 do exame.

1. Ecologia

Ao todo, ecologia apareceu em 14 questões das últimas três provas do Enem. Foram diversas as abordagens, sendo as mais frequentes as relacionadas a poluição (por pesticidas e a da água), ciclo do nitrogêniocadeias alimentares e fluxo de energia – cada uma com duas questões no conjunto das provas do período.
Especificamente no ano passado, foram aplicadas quatro perguntas sobre ecologia, segundo os professores Bellinello e Morandini, do Objetivo. Duas versavam sobre ciclo do nitrogênio, uma sobre cadeias alimentares e outra sobre poluição da água.

2. Genética

Outro assunto corriqueiro nas provas do Enem é o que trata da genética. Foram oito questões vinculadas a essa área do conhecimento biológico nos últimos três anos.
De acordo com a tabulação realizada pelos professores do Objetivo, entre 2012 e 2014, a quantidade de questões relativas à genética aumentou nas provas do Enem, passando de uma para quatro. No ano passado, os alunos tiveram que responder perguntas sobre transgênese (ou seja, a alteração do código genético), herança ligada ao sexo, imunologia e sistema ABO (grupos sanguíneos).
Nos anos anteriores, houve ainda questões sobre DNA e imunização.

3. Fisiologia animal

Com sete perguntas, trata-se da terceira vertente mais explorada nas últimas três provas do Enem, conforme o levantamento dos professores do Objetivo. Em 2014, foram aplicadas questões sobre digestão e nutrição
O tema chegou a ser um pouco mais usado na prova de 2013, quando foram publicadas três perguntas a respeito de hormônios, sistema circulatório e sistema digestório.

4. Citologia

estudo das células (ciência conhecida como citologia) contou com seis ocorrências nos questionários de biologia do Enem aplicados nos últimos três anos, revela a pesquisa dos professores Bellinello e Morandini. 
Apenas na prova de 2014, foram duas perguntas. Uma versava sobre células-tronco e a outra sobre o DNA bacteriano. Já nas provas dos dois anos anteriores, também surgiram questões sobre mitocôndrias e fermentação alcoólica.

5. Botânica

Ainda conforme o levantamento do Objetivo, nas três provas passadas o Enem cobrou três vezes o conhecimento dos estudantes a respeito da botânica (estudo dos vegetais).
As perguntas se relacionavam aos conceitos de fotossíntese.



Fonte : Educação -UOL

Enem - matemática: veja os 5 temas mais cobrados nas últimas provas

A prova é de matemática, mas ela está longe de ficar restrita aos números, gráficos e desenhos geométricos. Um dos conhecimentos que ela mais exige dos alunos é a boa interpretação de textos e figuras. É o que explica o professor Flavio Lieb Filho, professor de matemática do Poliedro, que destacou, a pedido do UOL, alguns dos temas mais frequentes nas últimas três edições do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
"As questões de matemática do Enem são caracterizadas pela contextualização, ou seja, envolvem situações próximas do nosso cotidiano. Vários problemas poderiam muito bem ser notícias de jornais ou ter ocorrido no dia a dia do candidato", afirma ele.
Listados abaixo, estão cinco tópicos que despontaram nas últimas provas do exame.

1. Geometria

Aqui, entram enunciados tanto a respeito da geometria espacial (quer dizer, da compreensão de um objeto no espaço, como um cone) quanto da geometria plana(que trata das figuras sem volume, tal qual uma reta ou um ponto). 
O professor Giuseppe Nobilione, do Objetivo, também destaca a importância, para o aluno, de noções sobre o volume dos sólidos, como prisma, pirâmide, cilindro, cone e esfera, bem como das áreas das principais figuras planas.

2. Estatística e probabilidade

estatística, ramo do conhecimento que se volta para a probabilidade de ocorrência de eventos é outro que têm aparecido com frequência nas edições passadas do Enem, de acordo com os professores Lieb, do Poliedro, e Nobilione, do Objetivo.
Na prova de matemática do ano passado, por exemplo, houve ao menos quatro questões relacionadas a probabilidade, nas quais os candidatos deveriam prever alguma ocorrência com base em dados prévios. Para esse tipo de questão, Lieb recomenda noções de técnicas de contagem.

3. Porcentagem

Outra capacidade que os alunos que vão prestar o Enem devem cultivar é a decalcular porcentuais, segundo a recomendação de ambos os professores consultados pelo UOL.

4. Conceito de funções

A prova de 2014 do Enem exigiu o cálculo de funções em uma pergunta. Diante disso, exercitar a fórmula y=f(x) e suas aplicações gráficas pode ser uma boa saída para se livrar mais rapidamente desse tipo de questão, caso seu conhecimento seja cobrado na próxima edição do Enem.

5. Trigonometria

O professor Flavio Lieb Filho, do Poliedro, informa que a trigonometria (o campo matemático que se dedica à resolução dos triângulos) também pode ser exigida dos candidatos, como já ocorreu em edições anteriores.
Em virtude dessa característica da prova, em sua opinião é importante que os alunos tenham conhecimentos de trigonometria, bem como de outros assuntos "mais 'técnicos'" da matemática, como logaritmomódulo e geometria analítica.

Fonte : Educação -UOL

Enem - português: veja os 5 temas mais cobrados nas últimas provas

Bastante centradas na interpretação de textos, as últimas três edições da prova de língua portuguesa e literatura do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) tiveram como pontos de partida para as questões textos literários e jornalísticos, letras de música, propagandas institucionais, além de charges e tirinhas de jornal.
Veja cinco tópicos importantes para se preparar para a prova específica dessa área do conhecimento.

1. Modernismo

Segundo o professor Nelson Dutra, coordenador de português do Objetivo, no caso da literatura, os alunos devem se preparar para responder questões sobre autores modernistas, como Oswald de AndradeManuel BandeiraCarlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles
"As perguntas incidem sobre aspectos sociais ou sobre a relevância do cotidiano para o modernismo", afirma ele. Além disso, é importante ter em mente queDrummond é um autor "quase sempre presente nessa prova".

2. Comparação entre tipos de texto

O professor relata que, nas últimas edições, o Enem cobrou a comparação entre textos visuais e textos verbais. Ou seja, os estudantes precisaram estabelecer um paralelo, encontrar um eixo entre ambos os modos de expressão textual.
"Um exemplo desse tipo de exercício é a correlação entre o painel de Candido Portinari 'Descobrimento do Brasil' e um excerto da carta de Pero Vaz de Caminha(sobre a chegada dos primeiros colonizadores europeus à América portuguesa)", explica Dutra. Os estudantes tiveram que informar o que ambos tinham em comum.

3. Linguagem formal e informal

Na prova do ano passado, o Enem trouxe cinco questões relacionadas a poemas. No ano anterior, foram quatro, e, em 2012, sete. Já as crônicas surgiram em três questões em 2012 e em 2014. Esses números mostram o grande peso que essas formas de linguagem têm no teste. 
Mas elas não estão sozinhas. Também houve, nos últimos três anos, perguntas sobre cartas, cartazes institucionais do governo, notícias e até um e-mail, conforme uma tabulação feita pelo Objetivo a pedido do UOL. Essa variação demonstra que os alunos devem estar preparados para realizar uma interpretação "sobre coesão e o uso da linguagem em seu caráter formal ou informal", conforme a professora Elisa Massaranduba, também coordenadora de português do Objetivo.
Ela diz que também é possível, com base na análise das últimas provas, que haja questões a respeito das "estratégias argumentativas de textos do tipo dissertativo, argumentativo ou expositivo". Letras de música podem aparecer na prova. "Tendo como base essas letras, analisam-se aspectos socioculturais" do país, afirma, por sua vez, o professor Dutra.

4. Classes de palavras

No que compete à gramática, é relevante o conhecimento das classes de palavras(divisão morfológica dos termos que inclui substantivos, artigos, adjetivos, conjunções, advérbios, entre outros). É preciso atentar para o fato de que há dez classes de palavras, das quais seis podem flexionar de acordo com o gênero e ir para o plural.
O Enem de 2014, por exemplo, cobrou em uma pergunta a explicação para o emprego da conjunção "mas" num verso de um poema de Geir Campos.

5. Sintaxe

A prova de 2013 do Enem formulou um enunciado a partir de um artigo opinativo e pediu aos estudantes que indicassem por que o autor utilizou os verbos conjugados na primeira pessoal do plural.
Assim como as regências verbais, noções sobre outros aspectos da sintaxe da língua portuguesa, como concordâncias (verbais e nominais), adjuntos (adnominalou adverbial), vocativos e, é claro, sujeito e predicado, são fundamentais para a realização de uma boa prova.

Fonte : EDUCAÇÃO - UOL

Enem - física: veja os 5 temas mais cobrados nas últimas provas

A comparação entre os últimos três testes do Enem, ou seja, os que foram aplicados entre os anos de 2012 e 2014, revela que não existe um perfil bem definido de temas abordados na prova de física. É o que comenta o professor Francisco Pequê Zanella, coordenador pedagógico do Poliedro São Paulo, responsável por um levantamento sobre as questões dessa área no período, realizado a pedido do UOL.
Ainda assim, é possível destacar algumas temáticas relevantes, que apareceram com frequência nos testes. Veja cinco delas abaixo.

1. Mecânica e movimento dos corpos

Ao todo, os questionamentos que tratam dos estudos da mecânica somaram 22 questões nas últimas três provas. Dessa forma, essa é a matéria que mais incidiu nas últimas edições da prova de física do Enem, segundo Zanella.
Dentro desse guarda-chuva temático, no ano passado, por exemplo, houve questões sobre velocidade e movimento dos corpos. "Os testes de cinemática e estudo do movimento dos corpos são os favoritos pela banca de professores do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, órgão responsável pela realização do Enem)", afirma o professor.

2. Ondulatória

Dedicada ao estudo das ondas (sejam as de luz, da água ou de qualquer outro meio em que se propaga um pulso), a ondulatória foi o segundo assunto mais corriqueiro nas últimas provas de física do Enem, somando dez questões entre os testes de 2013 e 2014, conforme tabulação do professor Zanella, do Poliedro.
Por sua vez, o professor Eduardo Figueiredo, coordenador de física do Objetivo, recomenda noções da equação fundamental da ondulatória, baseada na velocidade, na frequência e no comprimento de cada onda.

3. Elétrica

Em terceiro lugar nas últimas provas de física do exame estão as perguntas a respeito de elétrica. "As questões de elétrica são em sua grande maioria voltadas para a análise de circuitos, com perguntas sobre corrente, resistores e potência", diz Zanella, do Poliedro.
Na prova do ano passado, os alunos tiveram que resolver uma questão a respeito de um circuito de iluminação composto por três lâmpadas. Também se depararam com uma questão a respeito do funcionamento de geradores. O professor Figueiredo, do Objetivo, destaca que a ênfase do questionário tem se dado, principalmente, na potência elétrica.

4.  Termologia

Esfriamento, aquecimento... A termologia se dedica à compreensão das manifestações ligadas ao calor e foi um tema explorado com relativa abrangência nas edições passadas do Enem. Ela somou oito questões nos últimos anos, conforme a compilação feita por Zanella.
Houve perguntas sobre calorimetria em provas de anos anteriores.

5. Óptica

Por fim, a óptica – ramo voltado à análise das radiações luminosas e de seus fenômenos – também costumou aparecer no Enem dos anos anteriores.
Os professores Zanella, do Poliedro, e Figueiredo, do Objetivo, observam querefração foi um tema que apareceu nos últimos anos nas questões do Enem. Recomenda-se o estudo das lentes.


Fonte : Educação -UOL

Enem - história: veja os 5 temas mais cobrados nas últimas provas

Compreender antes de memorizar. A sugestão para o estudo de história para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foi feita por Daniel Gomes, professor do Poliedro e doutorando pela USP (Universidade de São Paulo).
A dica é boa porque, muitas vezes, os alunos acreditam que o teste cobrará deles o conhecimento específico de datas, personagens e fatos (o que exigiria a velha decoreba), quando, na verdade, o que conta mais é a sua capacidade de problematizar e articular os conceitos históricos.
Gomes recomenda que, para a preparação, os estudantes enfoquem em áreas temáticas, em vez de cronológicas. "O aluno não deve preocupar-se coma a ordem dos reis absolutistas franceses, com o nome das drogas do sertão cultivadas no Norte do Brasil, com as datas das batalhas de qualquer época na história, tampouco com o número de presidentes brasileiros na República Velha. Importante notar que a história trabalhada no Enem é uma história problematizante."
Veja abaixo alguns dos grandes eixos temáticos que mais ocorreram nas últimas três provas do Enem.

1. Trabalho escravo e suas implicações sociais

O trabalho é a forma pela qual a humanidade molda o mundo. Por isso, é importante ter em mente que as interações provocadas pelos modos de produção (ou seja, a maneira como a natureza é transformada pelo trabalho humano) geram consequências sociais, políticas e econômicas de longa duração.
Pense na escravidão que vigorou no Brasil até 1888. Ao obrigar uma parcela da população a condições precárias de vida e ao trabalho forçado durante séculos, ela acabou por trazer oportunidades muito diferentes para negros e brancos, uma desigualdade que dura até hoje.
Esse eixo temático tem assumido, segundo Gomes, "uma posição privilegiada" nas provas do Enem. Portanto, é fundamental dedicar-se ao estudo da escravidão dos negros (na colônia e no Império) e das suas consequências para o Brasil de hoje. O Enem, nos últimos três anos, trouxe enunciados sobre tráfico escravistafestas africanas e a abolição. Outras perguntas, como a que trata da crise do Império, do Enem de 2014, também se articulam a esse eixo.

2. Questão indígena

Outro eixo de estudos que deve ser privilegiado por quem irá prestar o Enem é o que trata da situação dos índios ao longo da história do Brasil. De acordo com a professora Daily Matos, do Objetivo, esse tipo de análise tem sido mais cobrado dos candidatos ultimamente.
Na prova do ano passado, por exemplo, houve uma pergunta que articulava os indígenas aos jesuítas. Dois anos antes, uma questão trazia um paralelo entre as políticas do Marquês de Pombal, no século 18, e os índios no Brasil colonial.

3. Era Vargas e Estado Novo

Os anos em que o poder central do Brasil foi ocupado por Getúlio Vargas têm sido tratados com atenção pelo Enem em suas últimas edições, segundo levantamento das provas feito pela professora Daily Matos, do Objetivo.
De 2012 a 2014, houve cinco questões relativas aos mandatos de Vargas, três das quais relacionadas ao Estado Novo. Outra dizia respeito ao voto feminino, uma importante conquista social obtida sob o governo varguista. Uma pergunta dizia respeito ao movimento de 1932, liderado pela oligarquia paulista e que buscava tirar Vargas da presidência.

4. Império e República oligárquica

São dois temas recorrentes principalmente nas provas de 2013 e 2014 do Enem. No total, abarcaram 13 questões, que foram do autoritarismo de D. Pedro 1º à crise do café a partir de 1929. O levantamento foi feito pelo Objetivo, a pedido do UOL.
Independentemente do tema estudado, não pense em decorar datas e fatos específicos. Em vez disso, os alunos devem procurar exercitar seu lado crítico, já que a prova pode trazer "visões diversas sobre determinado assunto", segundo o professor Gomes.
"Questões sobre os bandeirantes, sobre a ditadura-civil militar ou sobre a Guerra do Paraguai, por exemplo, nunca aparecem de forma direta e crua, mas sempre acompanhadas de documentos de diversas naturezas", como fotografias, textos, músicas e pinturas. Os estudantes precisam ter a capacidade de articular todos esses elementos de maneira crítica.

5. História geral

Quando o Enem aborda questões da história fora do Brasil, costumam focalizar em temáticas relacionadas à ordem econômica (como a formação do capitalismo e as ideias sociais e políticas do século 19), aos regimes políticos (como o absolutismo europeu, que emplacou três questões em 2012) e aos movimentos sociais (como os que se ligam ao racismo nos Estados Unidos e na África do Sul do apartheid).
A avaliação é do professor Daniel Gomes, do Poliedro. "Uma visão crítica, ou seja, não dogmática, da história impõe-se como necessária ao candidato."
Assuntos gerais, que estimulam a capacidade de interpretação textual dos alunos, envolveram, nas últimas três provas do Enem, de filósofos da Grécia antiga até oimperialismo na África dos séculos 19 e 20.


Fonte : Educação -UOL

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