Resiliência é e sempre será uma das competências que as empresas mais buscam em profissionais, líderes ou não, mas é vital entender e compreender (incorporar) a importância dessa competência e colocá-la em prática, já!
Resiliência, uma palavra originada do latim ‘resilio,’ significa voltar ao estado natural, um termo utilizado inicialmente na Física que expressa a capacidade de voltar ao estado inicial, após sofrer qualquer pressão externa. O Bob Esponja é um dos símbolos da resiliência, porque – mesmo quando esmagado – ele sempre volta à sua forma original.
Carlos Drummond de Andrade assim reverenciou a resiliência, uma das maiores capacidades do Ser Humano: “a dor é inevitável, o sofrimento é opcional”. Resilir é uma capacidade que algumas pessoas têm para lidar com problemas e com suas fraquezas. Elas são mais resilientes, porque só pensam em se fortalecer para alcançar suas metas. Nas Paraolimpíadas, por exemplo, há desempenhos incríveis daqueles que foram rotulados como incapacitados.
Disse Paulo Y. Sabbag (FGV) “Considero a resiliência como a competência mais importante desta 1ª metade do século 21” / “Ser mentalmente flexível é necessário para lidar com novos problemas ou ações pouco estruturadas”.
Ser mentalmente flexível é necessário para lidar com novos problemas ou ações pouco estruturadas.
RESILIENTE PRA VALER É QUEM PROCURA SER ELE MESMO, O TEMPO TODO!
Só consegue ser resiliente quem cultiva o autoconhecimento para ser ele mesmo. O hábito de refletir sobre cada fato observado, também leva à resiliência. Comece a praticar, se não lhe for um hábito natural, porque muitas mudanças acontecem e muitos obstáculos precisam ser enfrentados constantemente. Quem não é resiliente, não sabe mudar de rumo, perde o foco e a serenidade em qualquer situação que fuja a sua rotina, fica perdido e não encontra saída.
O Autoconhecimento nos mostra quando e como mudar nossa forma de pensar e, principalmente, traz à Luz de nossa Consciência as limitações e potencialidades intrínsecas que ainda estavam inconscientes em nossa mente. Ou o leva a conhecer suas emoções e cada ponto a ser melhorado para poder conseguir colocar tudo sob o seu domínio.
Um bom começo é se livrar da “síndrome de Gabriela”: “eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim”. Ou seja, ir à contramão da resiliência é sinal de comodismo e estupidez de quem não a tem!
Uma boa continuidade é acreditar no movimento EU SOU O QUE SOU!, do Conde de Sant Germain (meados dos anos 1600), porque – se Eu sou -, eu sei que Eu posso tudo. O Conde nos legou assertivas assim: “Eu Sou senhor do meu mundo e Eu Sou a vitoriosa inteligência que o governa. / Eu Sou a única Presença que age no meu mundo”…
Claro que é possível desenvolver características resilientes em pessoas, uma premissa da Inteligência Emocional. Técnicas de Coaching ajudam muito, mas cultivar o autoconhecimento e a coragem para sair o quanto antes das zonas de conforto que ocasionalmente nos colocarmos é premissa fundamental de quem quer ser ele mesmo.
COMO O MUNDO CORPORATIVO RECONHECE A RESILIÊNCIA?
Os profissionais de RH já estão bem à frente dos executivos de outras áreas, em nível de estudo e aplicação prática da mesma. Em outras áreas do mundo corporativo, há poucos anos, resiliência era aplicada só em engenharia.
Os psicólogos, conceitualmente, anteciparam muito esse estudo, com o Conceito: “resiliência é a capacidade de insurgir de grandes traumas ou perdas”. Eles analisaram pessoas que naturalmente demonstravam ser resilientes em momentos de crises, porque elas mantinham a calma enquanto buscavam saídas. Um dos fatores que compõe a resiliência é aquela tolerância contínua e equilíbrio natural que diferencia os seres resilientes dos não resilientes.
O mundo empresarial, de acordo com o início desse artigo, já acordou para a resiliência. Uns somente com a intenção de lucrar a qualquer custo (curto prazo?), outros com a intenção de harmonizar ambientes de trabalho estressantes (médio e longo prazo!) para poder humanizar processos.
Considerar seres humanos como tal e assim tratá-los é sinal de elevada sabedoria, posto que abra portas que permitem mudar, inovar e antecipar soluções humanizadas.
Líderes resilientes promovem mudanças e fazem tudo o que for necessário, eticamente, para alcançar o seu objetivo, o que normalmente redunda em uma equipe de talento, coesa, vencedora e repleta de futuros multiplicadores.
Agir prudentemente, em cada meio de atuação, é uma característica comumente encontrada em quem quer ser parte da solução e não do problema. Ser resiliente não é apenas manter a calma ou a forma, é conseguir ter a convicta certeza de ser capaz de obter tudo o que quiser ter; é a predisposição de estar para poder ser um humano-irmão!
Estar para ajudar o próximo é uma virtude altruísta, típica de quem é bom e tem uma mentalidade avançada, porque já entende que seres humanos não são ‘descartáveis’. Ser bom não é ser bonzinho (trouxa), posto que o bom recicle tudo o que for reciclável ou logo descarta o que não for (colaboradores desonestos, bocas negras e indolentes).
Fonte : Jornal Empreendedor